No MIA 2011 a organização começou por definir uma estrutura que deveria desenvolver-se em torno das seguintes parâmetros: uma área artística envolvendo concertos aleatórios, ensembles, concertos de projectos previamente definidos e concertos com artistas estrangeiros; uma área pedagógica com um colóquio e um workshop sobre improvisação.
Assim, foram abertas inscrições para a participação de artistas, através de um formulário online. Após o processo de selecção de candidatos, foram aprovados oito grupos e cerca de trinta participantes individuais. Tendo-se verificado algumas desistências, assim como participações de última hora, o número final de músicos que estiveram no Encontro foi de quarenta e quatro, incluindo dez estrangeiros.
O MIA 2011 teve início com uma acção extra-programa: na noite de 27 de Maio, véspera do arranque do Encontro, reuniram-se num bar de Peniche uma dúzia de improvisadores para uma sessão de música e poesia que, anos mais tarde, daria origem às jam sessions do MIA.
O elo de ligação com a 1ª edição foi feito através dos grupos criados por sorteios feitos no momento, assim como dos ensembles alargados. Num destes ensembles, a música foi executada como banda sonora para dois filmes mudos – “Um cão andaluz” (1929) de Luis Buñuel e “Ballet Mécanique” (1924) de Fernand Léger. O outro ensemble (que encerrou o festival) teve direcção do maestro Vasco Pearce de Azevedo.
Quanto aos grupos pré-definidos, registou-se a presença de quatro duos, dois trios e ainda o grupo residente – PREC – que se apresentou com um formato um pouco diferente do ano anterior. O programa completava-se com Relentless, Kalendar, Abdul Moimême e Ricardo Guerreiro, Luís Vicente e Jari Marjamaki, ZNGR ElectroAcoustic Ensemble, Ernesto Rodrigues, Gianna de Toni e Guilherme Rodrigues.
De realçar ainda a realização de um debate sobre as estéticas contemporâneas experimentais, desenvolvido por Rui Eduardo Paes e Carlos Zíngaro, ambos em representação da Associação Cultural Granular, bem como de um workshop sobre improvisação conduzido pelo saxofonista alemão Reiner Hess.