No ano de 2016, desdobramos a aposta em duas sessões formativas em dias distintos. Uma por François Choiselat, revisitando o workshop de “Soundpainting” realizado no ano anterior. A outra, subordinada ao tema New solo conception in composed and improvised music, teve como orientador o virtuoso flautista holandês Mark Alban Lotz que nos apresentou também um concerto solo com flautas e electrónica.
Nos grupos convidados, tivemos o projecto multidisciplinar britânico Breathing Space que apresentou “Unearth”, uma peça concebida especificamente para o MIA 2016 e nascida da colaboração entre o escultor Robert Worley e este colectivo de arte sonora coordenado por Stephen Shiell e que teve a participação especial do poeta e declamador Paulo Ramos.
Água Benta foi um projecto onde se misturava a guitarra portuguesa de M-PeX com as sonoridades eléctricas/electrónicas/ambientais de Nuno Ribeiro, Rui Veiga e Luis Guerreiro e ainda a vertente jazzística trazida pelos saxofones de Aleksander Clov Baczkowski e Ayis Kelpekis e pela secção rítmica constituída por Afonso Castanheira e Mário Rua.
No Auditório, além dos ensembles e grupos sorteados, actuaram quatro grupos pré-definidos: Obituary, em homenagem aos músicos falecidos naquele ano (Pierre Boulez, Paul Bley, David Bowie, Gato Barbieri, Prince), onde se reunia a cantora italiana Marialuisa Capurso, os franceses Jean-Marc Foussat em electrónica e François Choiselat em vibrafone com os portugueses Pedro Santo (bateria) e Maria Radich (voz); o regresso do PREC que desta vez juntou um dos contrabaixistas habituais do colectivo, Miguel Falcão, o pianista Paulo Pimentel e a percussionista japonesa Ryoko Imai ao núcleo duro formado por Paulo Chagas, pelo Fernando Simões e pelo Paulo Duarte; O Olho, um grupo que teve a sua performance acompanhada por uma peça áudio-visual do saxofonista brasileiro Leonardo Pellegrim, a quem se juntaram um pequeno colectivo de improvisadores formado por Adriano Orrù no contrabaixo, Carlo Mezzino no piano e sintetizador, João Braz Gonçalves no violoncelo, Laura Marques na voz, Mia Zabelka no violino e Carlos Canão no gongo e taças tibetanas; e finalmente o Quarteto Incrível de Pedro Castello-Lopes (percussão), João Madeira (contrabaixo), Manuel Guimarães (piano e guitarra) e Paulo Galão (clarinetes).
O Ensemble MIA teve seis sessões, conduzidas por Mark Lotz, Mia Zabelka, Fernando Simões, François Choiselat, Noel Taylor e Silvia Corda.